Crédito Divulgação Librelato
15/01/2024
De janeiro a dezembro de 2023 o mercado brasileiro de implementos rodoviários atingiu a produção de 151.041 unidades, com queda de 2,4% em relação às 154,744 do ano anterior. Segundo dados da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, a retração foi reflexo da menor demanda por caminhões, em razão da mudança de legislação de emissões e apontou uma transformação pela procura de produtos com maior capacidade de carga, assim como as operações de aluguel de equipamentos.
“Tivemos um ano rentável onde a comercialização de um menor volume de produtos não afetou a capacidade do setor logístico de transportar carga”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR. De acordo com a entidade, o 4º Eixo, que tem maior capacidade de carga, foi um fator que ajudou a sustentar a rentabilidade dos negócios. Outro aspecto importante para o resultado das vendas no ano passado foi o mercado de aluguel. “Alugar um implemento rodoviário ao invés de adquiri-lo é uma opção que permite agilidade em algumas operações logísticas”, explica Spricigo.
Os segmentos da economia que lideraram as aquisições de implementos rodoviários foram agronegócio e construção civil, e que deverão se manter como os principais propulsores da indústria.
De janeiro a dezembro do ano passado foram emplacados 90.322 Reboques e Semirreboques, o que representa crescimento de 8,6% sobre 2022. O setor de Carroceria sobre chassis encerrou o ano com 60.719 produtos vendidos ao mercado interno, com queda de 15,1%. Na contramão do mercado interno, as exportações cresceram 8,1% em 2023, com 5.402 unidades exportadas, contra 4.996 no ano anterior.
Ainda segundoJosé Carlos Spricigo, aspectos importantes que poderão influenciar o desempenho do setor em 2024 são os investimentos em obras anunciados no PAC-Programa de Aceleração do Crescimento, que deverá ser responsável por investimentos da ordem de R$ 1,7 trilhão (USD 340 bilhões) em todos os estados brasileiros.
Para o presidente da ANFIR a política gradual de redução de juros é sinal claro em favor do acesso ao crédito para aquisição de equipamentos. “É de grande importância também que a redução da taxa Selic não siga dissociada de ações que levem a redução da inadimplência e do endividamento das empresas, como também a uma gestão mais preocupada com os gastos públicos”, conclui.