AMÉRICA DO SUL

Mercado peruano de veículos comerciais mantém crescimento nas vendas

10/03/2022

Tanto caminhões quanto ônibus apresentaram crescimento

O mercado peruano de veículos comerciais registrou crescimento de 17,9% em fevereiro, em comparação com o mesmo mês de 2021. De acordo com a AAP (Associação Automotriz do Peru), foram comercializadas 1.446 unidades, contra 1.226 unidades no mesmo período do ano anterior. No acumulado do bimestre, houve crescimento de 9,4%, com 2.859 unidades vendidas este ano contra 2.612 nos dois primeiros meses de 2021.

Em caminhões, o segmento manteve o seu ritmo de crescimento e registrou evolução nas vendas em fevereiro. Foram vendidas 1.264 unidades (caminhões e cavalos mecânicos) superando em 13,4% o volume alcançado em fevereiro de 2021 (1.089 unidades) e em 2,3% o resultado de janeiro, que foi de 1.235 veículos.

Computando as vendas do primeiro bimestre dos dois anos, em 2022 as vendas de veículos pesados no Peru foram de 2.499 veículos, contra 2.253 unidades vendidas no primeiro bimestre de 2021, com elevação de 10,9%

Morisaki também explicou que o desempenho do mercado de caminhões é resultado do aumento de demanda pela aquisição de veículos, especialmente para atender aos serviços, prestados pelas empresas dos setores de mineração, construção, comércio, indústria de manufaturas e transporte em geral de produtos.

Ônibus reagem após mais de um ano de queda

O segmento de veículos de transporte de passageiros do Peru, formado por ônibus e miniônibus, atingiu a venda de 182 unidades em fevereiro, 32,8% acima do volume registrado no mesmo mês de 2021, com a comercialização de 137 veículos. 

Segundo dados da AAP, na comparação com as vendas entre os bimestres dos dois anos, o resultado de 2022 superou o de 2021 por apenas uma unidade. Foram 360 ônibus vendidos este ano contra 359 licenciados no ano passado, com crescimento de 0,3%.

O gerente de estudos econômicos da AAP, Alberto Morisaki informou que é importante comemorar a recuperação registrada pelo segmento de ônibus, o mais afetado ao longo do período da pandemia da covid 19. Morisaki acrescentou que, finalmente, o mercado reagiu, em virtude da reativação da economia do país e da redução das restrições à circulação das pessoas, medida que muito ajudou a atividade de transporte de passageiros, tanto no nível urbano quanto no transporte rodoviário de longa distância.

O gerente de estudos econômicos da AAP também fez comentários sobre as previsões para o mercado, de que as expectativas de vendas de veículos novos sejam mantidas com pequenos aumentos em todos os segmentos. Mas ponderou que novos riscos surgiram, tanto interna quanto externamente. 

Na opinião de Morisaki, as tensões políticas e decisões equivocadas do Executivo continuam aumentando no país e que se esse clima tiver continuidade poderá afetar a economia, tirando o entusiasmo para os negócios e consumidores, que há um longo tempo enfrentam o clima de pessimismo.

Em termos internacionais considera que o conflito entre Rússia e Ucrânia colocou o mundo inteiro em apreensão, pela intranquilidade das pessoas e pelos danos à economia mundial. 

Considera que os primeiros impactos já ocorreram, principalmente no preço de matérias-primas, como petróleo, gás, trigo, entre outros produtos, o que elevará os níveis de preços em todo o mundo. E que, se o conflito se prolongar por muito tempo e sua escala aumentar, poderá trazer impactos mais severos na economia mundial, afetando o poder aquisitivo das famílias e das empresas e, portanto, reduzindo a demanda por bens duráveis, incluindo veículos.

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