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12/04/2023
O mercado brasileiro fechou o primeiro trimestre do ano com a venda de 27.446 caminhões, volume que supera em 2,62% o total de 26.746 unidades vendidas em igual período de 2022. Em ônibus, o crescimento foi mais expressivo, com 7.378 unidades, 74,42% acima das 4.230 do ano passado.
Segundo o presidente da Fenabrave (Associação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Andreta Júnior, o resultado foi bom, com a ressalva de que, em comparação com fevereiro, o mês de março teve cinco dias a mais para comercializar os seus produtos em estoque. Nas ponderações de Andreta Júnior, o mercado está diante de um cenário de problemas, com alto endividamento das famílias, aumento da inadimplência, juros elevados e um ambiente desafiador para 2023.
Mesmo com as incertezas da economiamundial e brasileira, o presidente da Fenabrave manteve as projeções anunciadas, pela entidade, no início do ano, que apontam para um crescimento geral de 3,3% com a justificativa de que ainda não existem condições de rever as projeções para o ano, mas demonstra preocupação com a situação geral do mercado.
Em março foram vendidos 9.389 caminhões, total correspondente 19,71% superior ao volume de 7.843 veículos vendidos em fevereiro, enquanto os ônibus atingiram 2.937 veículos, 28,37% superior a fevereiro, que chegou a 2.288 veículos.
Na análise do comportamento das vendas do mercado brasileiro há uma disputa rigorosamente equilibrada pela liderança do mercado de caminhões entre a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Mercedes-Benz. Nas vendas realizadas no mês de março, a Volkswagen liderou com uma vantagem de apenas 60 veículos (2.798 unidades contra 2.738 unidades Mercedes-Benz), mas no total acumulado a vantagem foi da Mercedes-Benz, que fechou o trimestre como total de 8.386 veículos e a participação de 30,55%. A Volkswagen somou 7.200 unidades, com participação de 26,23%.
Entre as marcas de caminhões, o destaque é a IVECO que, no primeiro trimestre deste ano, atingiu a participação de 9,92% do mercado. Segundo o presidente da empresa na América Latina, Marcio Querichelli, a marca pretende, no transcurso deste ano, chegar a 10% de participação do mercado brasileiro. A empresa está desenvolvendo no Brasil a mesma estratégia adotada na Argentina onde, a cada mês, foi ampliando a sua participação no mercado, até assumir a liderança em vendas de caminhões, tanto por modelo como por marcas.