AMÉRICA DO SUL

No Peru, mobilidade das pessoas aumenta, mas ainda apresenta queda de mais de 50%

Crédito Divulgação Internet

As vendas de ônibus no Peru ao longo dos 10 primeiros meses deste ano foram de 1.547 unidades, 7,1% inferiores às 1.666 unidades registradas no mesmo período de 2020. De acordo com a AAP (Associação Automotriz do Peru), essa queda é resultado da redução da demanda pelo transporte público em todo o país, o que se reflete na diminuição do número de viagens e passageiros dos serviços oferecidos pelo Sistema Metropolitano.

Dados oficiais indicam que a média de viagens diárias feitas em agosto deste ano pelo Sistema Metropolitano foi de 271.033, 52,7% inferior à média registrada em fevereiro de 2020 (antes do início da pandemia), de 572.677 viagens, mas cerca de 20% maior que a registrada em fevereiro de 2021 (cerca de 200 mil).

Segundo o gerente de estudos econômicos da AAP, Alberto Morisaki, a evolução da média de viagens feitas pelo Sistema Metropolitano, demonstra que existe uma recuperação em curso, mas que ainda está muito longe dos níveis alcançados antes do surto viral. As previsões positivas de Alberto Morisaki estão baseadas no comportamento de crescimento do mercado durante o segundo semestre deste ano que, no mês último mês de outubro atingiu a venda de 222 veículos de passageiros – a maior de 2021.

O trabalho remoto e as aulas virtuais ainda influenciam na redução da demanda pelo transporte público. Também contribuiu para essa queda a migração para outros meios de transporte, como veículos particulares, motocicletas, bicicletas, patinetes ou mesmo a pé. Mas a expectativa é que, à medida que o fluxo para os locais de trabalho e centros de ensino se normalize, a demanda por serviços de transporte público aumente nos próximos meses.

Como exemplo, Morisaki comentou que segundo uma análise da evolução da mobilidade das pessoas realizada pelo portal Google desde o início da pandemia, a movimentação de pessoas para os supermercados e farmácias voltou aos níveis pré-pandêmicos. Mas o fluxo para parques, lojas e lazer, locais de trabalho e estações de transporte público ainda está abaixo de seus níveis antes da emergência global como resultado da pandemia.

Especialista em questões econômicas, Morisaki afirmou que as informações do Google sobre a mudança na mobilidade da população do país, demonstram que as estações de transporte público são os locais que mais demoram para atingir os níveis de afluência anteriores à pandemia.

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