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26/12/2025
O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou a primeira fase da Abordagem Programática Multifásica (APM) para Eletromobilidade no Brasil, que vai destinar investimentos de US$ 500 milhões em mobilidade urbana mais limpa e eficiente. O projeto visa auxiliar as cidades brasileiras a modernizarem seus sistemas de transporte público, melhorarem a qualidade do serviço e reduzirem as emissões por meio da introdução de ônibus elétricos (e-ônibus) e infraestrutura associada.
Implementada pela Caixa Econômica Federal (Caixa), a Fase 1 da operação apoiará a criação de uma linha de crédito nacional para financiar a substituição de ônibus a diesel por e-ônibus, a modernização de garagens e redes de distribuição de energia e a prestação de assistência técnica a cidades e operadores. Os recursos serão aplicados na aquisição de aproximadamente 540 ônibus elétricos e a infraestrutura de recarga e rede elétrica associada, beneficiando diretamente cerca de 1,3 milhão de moradores que vivem perto de corredores de transporte público e cerca de 280 mil usuários e motoristas regulares.
Com esses novos investimentos ao longo da cadeia de valor da mobilidade elétrica, a expectativa é que o programa crie empregos na fabricação, operação, manutenção e serviços altamente qualificados, além de apoiar uma transição justa e inclusiva da força de trabalho.
“O Projeto Eletromobilidade ajuda a reduzir as emissões e a melhorar a qualidade do ar nas cidades brasileiras, representando um importante passo rumo à modernização do transporte público por meio de serviços mais eficientes e sustentáveis. Viabilizada pela parceria estratégica entre a Caixa Econômica Federal e o Banco Mundial, essa iniciativa garante investimentos, assistência técnica e inovação para acelerar a transição energética e alinhar o país às metas nacionais de descarbonização”, afirmou Jean Rodrigues Benevides, vice-presidente interino da Caixa Econômica Federal.
“Este programa é um ponto de virada para o transporte urbano no Brasil. Ele vai melhorar os deslocamentos diários, reduzir as emissões e abrir novas oportunidades para empregos de qualidade”, disse Cécile Fruman, diretora do Banco Mundial para o Brasil. “Ao combinar investimentos em ônibus elétricos e infraestrutura com reformas institucionais e capacitação, o Brasil pode atrair capital privado, fortalecer sua indústria nacional e tornar o transporte público mais confiável e inclusivo para milhões de usuários.”
O objetivo de Desenvolvimento do Projeto é melhorar a qualidade e reduzir as emissões do transporte público nas cidades brasileiras. Veículos mais limpos e serviços mais confiáveis ajudarão a reduzir o ruído, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a poluição do ar nas cidades participantes.
Investimento e geração de empregos
Serão US$ 490 milhões em linhas de crédito dedicadas para frotas de ônibus elétricos e infraestrutura associada, incluindo garagens, estações de recarga, melhorias na rede elétrica e medidas complementares, como ciclovias e melhorias de acessibilidade. Espera-se que esses investimentos estimulem a demanda por ônibus e componentes elétricos produzidos no Brasil, aproveitando a forte base industrial brasileira na fabricação de ônibus e ajudando a manter e criar empregos em fábricas de montagem, cadeias de suprimentos, construção e operações e manutenção de longo prazo.
Outros US$ 10 milhões vão financiar um Mecanismo de Desenvolvimento de Projetos e o fortalecimento institucional. Isso inclui apoio à estruturação de projetos de mobilidade elétrica financiáveis, aprimoramento dos sistemas de avaliação da Caixa e desenvolvimento de um serviço de mercado de carbono para agregar e negociar créditos de projetos de ônibus elétricos. O projeto também inclui medidas específicas para aumentar a participação feminina na força de trabalho da mobilidade elétrica, oferecendo treinamento profissional e apoio à inserção no mercado de trabalho para cobradoras e outras trabalhadoras em transição para funções como motoristas, técnicas e gestoras de frota, em um ambiente de trabalho mais seguro e limpo.
Espera-se que o programa mobilize investimentos públicos e privados adicionais ao longo do tempo, aprimorando modelos de negócios, contratos de concessão e mecanismos de compartilhamento de riscos. Ao abordar barreiras importantes, como a falta de financiamento de longo prazo, a capacidade técnica limitada e as restrições da rede elétrica, a operação ajudará a estabelecer as bases para uma segunda onda de mobilização de capital privado e a criação de mais empregos no setor de mobilidade elétrica.






