Divulgação Scania, Produção de caminhões
Segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), os fabricantes brasileiros de veículos comerciais montaram 89,5 mil caminhões nos primeiros sete meses deste ano, 115,4% maior que em relação a 2020 e o maior volume para o período desde 2013.
O motivo do bom desempenho é a demanda aquecida pelo mercado interno e exportações. Somente em julho, a produção de caminhões foi de 14,8 mil unidades, o nível mais alto para um mês desde fevereiro de 2014.
“O setor cresce demandado pelo agronegócio, mineração e comércio eletrônico, ou seja, pelo movimento da economia”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini.
Apesar de a produção ter sido afetada pela falta de semicondutores e que este cenário deve continuar ao longo de todo o ano, o executivo salientou que esse problema tem menor impacto entre os caminhões e ônibus que nos automóveis, cuja demanda é bem mais alta.
O maior volume de produção permanece para os caminhões pesados, com Capacidade Máxima de Tração (CMT) acima de 40 toneladas. No acumulado do ano foram 44,1 mil unidades, 108,2% a mais que em iguais meses do ano passado. O segmento logo abaixo, dos semipesados (com CMT inferior a 40 toneladas) somou 25,4 mil unidades nestes sete meses, indicando alta de 115,5% na comparação interanual.
O terceiro maior segmento em volume de 2021 é o dos caminhões leves (com Peso Bruto Total, PBT, de 6 a 10 toneladas). Foram 14,6 mil unidades nestes sete meses, acréscimo de 125,1% sobre iguais meses de 2020.
As exportações também apresentaram crescimento em relação ao ano passado, com elevação de 109,7% no acumulado do ano, com 12,6 mil unidades. Em julho, as montadoras enviaram ao exterior 1,9 mil caminhões. O volume de 2021 foi maior também do que o dos primeiros sete meses de 2019 (7,5 mil unidades, antes da chegada da Covid-19).
“Isso indica recuperação na Argentina, que ainda é o principal destino dos nossos veículos, e também a melhora da economia de outros países”, recorda Saltini. “A exportação poderia ser melhor se houvesse mais competitividade, mas temos conseguido conquistar esse espaço porque nosso produto tem boa aceitação”, ressalta o executivo.
O principal segmento de exportação também são os caminhões pesados, com 6,1 mil unidades enviadas em sete meses e alta de 93,8% pela comparação interanual. Em seguida vêm os semipesados, com 3,6 mil unidades e crescimento de 133,3%.
O bom desempenho é destacado pelas vendas no mercado interno, com 70,7 mil veículos licenciados, com crescimento de 49,2% em relação aos primeiros sete meses de 2020 e o maior volume para o período desde o ano de 2014. Em julho foram 11.977 caminhões zero-quilômetro emplacados no País, resultando em alta de 5,3% sobre junho. Todos os segmentos de caminhões registraram alta no acumulado.