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20/10/2025
A mobilidade urbana tem se consolidado como um dos principais desafios das grandes cidades brasileiras. Nesse contexto, o avanço tecnológico vem se mostrando essencial para tornar o transporte público mais eficiente, acessível e sustentável. Totens de autoatendimento, bilhetagem eletrônica e plataformas digitais de gestão já fazem parte da rotina de milhões de passageiros e representam um passo importante rumo às chamadas cidades inteligentes.
Em São Paulo, o Bilhete Único, um dos sistemas de bilhetagem eletrônica mais consolidados do país, contabiliza mais de 14 milhões de cartões ativos e cerca de 13 milhões de viagens diárias, movimentando mais de R$ 7 bilhões por ano. A capital paulista integra, ainda, totens de autoatendimento que permitem recargas e pagamentos digitais 24 horas por dia, em parceria com empresas de tecnologia como Autopass, CPTM e Prodata.
Iniciativas semelhantes estão presentes em outras grandes cidades. No Rio de Janeiro, a digitalização dos serviços de transporte vem sendo impulsionada por sistemas integrados com plataformas como Jaé e Globalmob; em Belo Horizonte, o modelo é adotado pela Ótimo; e em Recife, pela Urbana. Essas soluções vêm transformando a forma como o cidadão interage com o transporte público, reduzindo filas, aumentando a transparência nas transações e garantindo mais autonomia aos passageiros.
Nas rodovias, a tecnologia também está mudando a dinâmica da mobilidade. Painéis de LED inteligentes, utilizados por concessionárias como CCR, Arteris, EcoRodovias, Entrevias, Via Brasil e Via Rondon, exibem informações em tempo real sobre tráfego, segurança e condições das vias. Esses equipamentos, desenvolvidos em parceria com empresas especializadas, reforçam o conceito de ecossistema urbano conectado, no qual a informação flui com agilidade e contribui para um trânsito mais seguro e previsível.
A experiência acumulada por essas iniciativas mostra que a digitalização é um fator decisivo para a modernização da mobilidade urbana. Além de otimizar custos operacionais e facilitar a gestão pública, as tecnologias de autoatendimento e bilhetagem eletrônica fortalecem a sustentabilidade ao reduzir o uso de papel e numerário e geram a inclusão financeira, ao democratizar o acesso a meios eletrônicos de pagamento.
Segundo Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply Tecnologia, empresa gaúcha que atua no desenvolvimento dessas soluções, o uso de ferramentas digitais é um passo essencial para tornar o transporte público mais humano e eficiente. “A mobilidade inteligente depende de tecnologia. Quando o cidadão pode resolver tudo de forma simples e rápida, o sistema se torna mais transparente e acessível. É isso que torna as cidades mais conectadas e próximas das pessoas”, afirma.
Com a digitalização avançando e os dados se tornando aliados estratégicos na gestão urbana, o Brasil se aproxima de um novo paradigma de mobilidade: aquele em que o transporte público deixa de ser apenas um serviço essencial e passa a ser uma plataforma de inovação conectada, sustentável e centrada no cidadão.






