Crédito Divulgação Antonio Ferro – editor revista Autobus
24/02/2023
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro tivesse ruas e avenidas adequadas para a sua operação, sem que lhes causassem redução da vida útil e desconforto a quem o utiliza.
Quem dera, o ônibus urbano brasileiro rodasse em vias com pavimento perfeito, sem solavancos, com estrutura exclusiva e prioritária, sem estar preso ao trânsito de automóveis.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro pudesse oferecer ao seu condutor as melhores condições operacionais – motor traseiro, suspensão pneumática, transmissão automática.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro facilitasse o embarque e o desembarque de seu cliente, por meio de um piso baixo e acessível.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro recebesse, das autoridades públicas relacionadas com o transporte, o melhor tratamento, visando sua qualificação diante de sua importância na estrutura e desenvolvimento das cidades.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro estivesse no centro das atenções quando o assunto é mobilidade.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro e seus sistemas alcançassem status para que as políticas públicas lhes proporcionassem os mais modernos planos de incentivos e financiamentos, visando uma nova e diferente realidade operacional Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro fosse escolhido pela sua flexibilidade e versatilidade nas operações, capazes de expandir a sua importância perante aos destinos das cidades.
Quem dera, o pobre ônibus urbano brasileiro não fosse objeto de políticas de governos, mas sim de empreendimentos de Estado para lhes transformar em exemplo de competitividade, previsibilidade, progresso e evolução urbana.
Quem dera, o ônibus urbano brasileiro fosse escolhido por sua faceta de agente ambiental e indutor ao desenvolvimento e não por ser um mal necessário no cenário das cidades.
Quem dera, o ônibus urbano brasileiro pudesse ser tracionado por diferentes formas de propulsão e com combustíveis renováveis e não apenas por um tipo tração, como os formadores de opinião tanto querem neste momento.
Quem dera…
*Antonio Ferro – editor revista Autobus