BRASIL

Venda de implementos rodoviários cai 6,4% em novembro

Crédito Divulgação Mercedes-Benz

03/12/2025

A indústria brasileira implementos rodoviários manteve, em novembro, o ritmo de vendas em torno de 6% abaixo do registrado ao longo do ano passado. Segundo dados da ANFIR – Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários, foram comercializados 11.978 produtos, contra 12.793 unidades. No acumulado do amo, a queda também é de 6%, com 137.319 implementos rodoviários ante 146.169 unidades em igual período de 2024.

O segmento deReboques e Semirreboques registrou, no mês passado, vendas de 5.457 unidades, com queda de 18,2% em relação às 6.669 unidades de mesmo período do ano passado. De janeiro a novembro de 2025, acumula retração de 19,8%, com o total de 65.580 unidades, contra as 81.786 em igual período de 2024. O destaque é o Bau Carga Geral que apresentou crescimento de 20,5%, com 11.116 unidades vendidas, em comparação com as 9.227 comercializadas de janeiro a novembro do ano passado.

O produto sofre os efeitos positivos do desempenho do e-commerce e estímulos de venda sazonais, como a Black Friday, que aceleram as aquisições fazendo os centros de distribuição girarem seus estoques.

“É preciso que haja alguma medida de fomento que impacte positivamente as vendas de implementos rodoviários e caminhões por seu papel-chave no desempenho econômico”, afirma José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR. Os dois produtos são termômetros da economia.

Em contrapartida, o segmento de Carrocerias Sobre Chassis alcançou novo desempenho positivo com 6.521 produtos fornecidos em novembro, 6,4% superior às 6.124 do mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, as empresas comercializaram 71.739 produtos, 11,4% acima das 64.383 unidades vendidas no ano anterior.

A soma dos dois setores de mercado indica recuo de 6,0% de janeiro a outubro desse ano, em comparação com igual período de 2024. Em 10 meses, a indústria vendeu 125.341 implementos rodoviários, ante 133.376 unidades de janeiro a outubro de 2024. O presidente da ANFIR, José Carlos Spricigo, acredita que é importante uma nova política econômica. “Se faz necessário o controle de gastos para que, com superavit, o Banco Central possa aliviar esta taxa Selic que influencia negativamente os negócios principalmente os de bens de capital”, adverte o executivo e conclui: “Enquanto o Copom ver riscos de descontrole inflacionário, pressionado pela expansão fiscal desordenada promovida pelo Governo Federal, não vamos conseguir colocar o Brasil na rota do crescimento sustentável nem promover a confiança dos empresários e seus clientes em voltar com força a investir.”

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