AMÉRICA DO SUL

Vendas de caminhões e ônibus caem no Peru e indústria teme desempenho no próximo ano

Crédito Divulgação Internet

10112022

O mercado peruano atingiu, em outubro, a venda de 1.331 veículos comerciais pesados, com queda de 22,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (1.719 unidades). Segundo a AAP (Associação Automotriz do Peru), no acumulado do ano, o volume ainda é positivo, com 15.081 unidades e aumento de 5,1% em relação às 14.351 unidades comercializadas nos dez meses iniciais de 2021.

O mercado de tractocaminhões (cavalos mecânicos) fechou o mês de outubro com a venda de 264 unidades, 3,94% acima das 254 unidades registradas em outubro do ano passado. Em vendas acumuladas, os tractocaminhões registraram  o faturamento de 2.300 veículos, 1,3% acima das 2.270 unidades vendidas em igual período de 2021.

No segmento de caminhões, foram comercializadas 935 unidades em outubro, com queda de 24,8% em relação às 1.243 unidades de outubro de 2021. No acumulado do ano, mantém-se o desempenho positivo, com 10.714 unidades, 1,7% acima das 10.534 unidades de janeiro a outubro de 2021.

No mercado de ônibus, o mercado peruano registrou a venda de 132 unidades em outubro, com queda de 40,5% em relação aos 222 veículos comercializados no mesmo mês do ano anterior. Mas no acumulado de janeiro a outubro atingiu de 2.067 unidades, 33,6% acima dos 1.547 veículos no mesmo período de 2021. 

Alberto Morisaki, diretor de assuntos econômicos da AAP, que reúne as empresas do setor automotriz do Peru, considerou que o resultado dos dois últimos meses reflete uma desaceleração do mercado, em consequência do menor nível de dinamismo da economia, que tem registrado menores taxas de crescimento.

Segundo o executivo, o desempenho positivo no acumulado do ano se deve ao crescimento de vendas obtido nos primeiros oito meses, em virtude da maior demanda de atividades econômicas como construção, comércio atacadista, agronegócio e manufatura não primária, que utilizam intensivamente os referidos equipamentos de transporte.

No segmento de transporte de passageiros, Morisaki comentou que a decisão do governo em suspender as restrições impostas pelo covid-19 resultou no aumento da mobilidade e na presença de pessoas, tanto no trabalho e nos centros educativos, como nas atividades de turismo e entretenimento, gerando um aumento da procura por serviços de transporte urbano e interprovincial.

De acordo com o executivo, a previsão feita pelos economistas para o próximo ano indicam um menor dinamismo da economia local, em consequência da expectativa de menores investimentos privados e da manutenção do elevado nível de inflação que, se não for revertido no curto prazo, reduzirá o poder de compra das famílias, afetando o consumo.

Entre as marcas, a liderança na venda de veículos comerciais pesados é da Isuzu, com 1.816 unidades e crescimento de 1,5% em relação às 1.789 unidades do mesmo período do ano passado, seguida pela Volvo, com 1.600 e crescimento de 13,7% sobre as 1.407 unidades de 2021, e pela Mercedes-Benz, com 1.362 unidades e elevação de 25,1% em relação às 1.089 unidades do ano passado.

Esta gostando do conteúdo? Compartilhe!