Crédito Divulgação Internet
04/05/2022
A falta de componentes e as paralisações em algumas montadoras continuam impactando as vendas no mercado brasileiro. Em abril, segundo dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), o mercado de veículos comerciais (caminhões e ônibus) apresentou retração de 2,78%, com 10.896 unidades contra 11.207 registradas no mesmo período de 2021. O segmento de caminhões teve a maior queda, de 4,44% com 9.375 unidades contra 9.811. O segmento de ônibus atingiu 1.521 unidades, 8,95% acima das 1.396 unidades do mesmo mês do ano passado.
No acumulado do ano, entretanto, o mercado apresenta pequeno crescimento de 1,83%, com 41.978 unidades contra 41.222 unidades. O segmento de ônibus apresentou desempenho levemente superior, com elevação de 3,47% e 5.844 unidades comercializadas contra 5.648 no mesmo período do ano passado. Em caminhões, as vendas foram de 36.134 unidades contra 35.574 unidades, com alta de 1,57%.
No segmento de caminhões, as líderes continuam a Volkswagen e a Mercedes-Benz, mas perderam participação de mercado. A VW lidera com 10.816 unidades e elevação de 7,1% em relação às 10.101 unidades comercializadas de janeiro a abril. A Mercedes foi a montadora mais prejudicada com a paralisação de produção e apresentou retração de 12,9% nas vendas, com 9.892 unidades contra 11.353. A Volvo, Iveco e DAF registraram crescimentos acima do de mercado, com destaque para a Iveco que ampliou o seu market-share de 5,93 % para 9,45% e vendeu 3.415 unidades no período contra 2.110 em 2021, com elevação de 61,8%. A Volvo também ampliou a sua participação de mercado com a venda de 7.058 unidades contra 5.565 unidades e elevação de 26,8%.
O presidente da Fenabrave, Andretta Júnior considerou que o resultado foi positivo, por considerar o momento global pós-pandemia e do conflito internacional envolvendo a Ucrânia, importante fornecedor de insumos para a indústria de semicondutores, o que agrava o problema de abastecimento global. Também considerou prejudicial para o setor que o aumento do preço de combustíveis no mundo inteiro, mas apesar desse cenário vê com otimismo sinais de melhora no setor.
Em ônibus, a Mercedes-Benz manteve a liderança em vendas com 3.134 unidades e 53,63% de participação de mercado, seguida pela Marcopolo (micro-ônibus Volare), com 1.168 unidades e 19,99% de market-share, e pela Volkswagen, com 1,064 e 18,21% de participação.
A equilibrada disputa entre a Volkswagen Caminhões e Ônibus e a Mercedes-Benz ficou demonstrada até no domínio das categorias que dividem o mercado brasileiro. A Mercedes-Benz comandou as vendas nas categorias semileves, com os modelos Mercedes-Benz Sprinter 416 e de leves com o veículo Accelo 1016. A Volkswagen Caminhões e Ônibus comandou as categorias de veículos médios, com o Volkswagen MAN 11.180 e no segmento semipesados ocupou o segundo e o terceiro lugares com os modelos VW MAN 24.280 e 24.260. A liderança nesse segmento pertenceu à Volvo, com o modelo FM 270.
Para completar, o modelo Volvo FH 540, foi o líder da categoria de veículos pesados e, também, e o mais vendido do País, com o total de 2.592 unidades.
Veículos mais vendidos
- Volvo FH 540 (pesado), com 2.592 unidades
- DAF XF (pesado), com 1.804
- Volvo FH 460 (pesado), com 1.365
- Volvo VM 270 (semipesado), com 1.337
- Mercedes-Benz Accelo 1016 (leve), com 1.144
- Mercedes-Benz Actros (pesado), com 1.004
- Volkswagen MAN 24.280 (semipesado), com 965
- Volkswagen Delivery 9.170 (leve), com 938
- Volkswagen MAN 24.260 (semipesado), com 861
- Scania R450 (pesado), com 850 unidades